Comparação entre gateway próprio e terceirizado representada por duas telas digitais lado a lado com gráficos e símbolos de pagamento

Escolher como processar pagamentos pode ser definir o sucesso ou o fracasso de uma fintech. Muita gente já sentiu esse frio na barriga: apostar em um gateway próprio, investir tempo e equipe, ou contar com soluções terceirizadas de mercado, tentando fugir de problemas técnicos? No cenário competitivo do ecossistema de pagamentos brasileiro, essa decisão ganhou ainda mais peso.

No conteúdo de hoje no Blog Paytime Mercado de Pagamentos, vamos descomplicar o tema. Trouxe pontos práticos, exemplos reais e nuances do dia a dia, para ajudar fintechs e profissionais do setor a enxergar as oportunidades – e as armadilhas – de cada caminho.

O que é gateway de pagamento?

Antes de partir para a escolha, vale lembrar: gateway de pagamento é como uma ponte. Ele conecta seu negócio ao universo dos cartões, boletos, Pix e outros meios. Faz essa intermediação com segurança, transmitindo dados criptografados, validando transações e autorizando cobranças em tempo real.

Seja próprio ou terceirizado, um bom gateway impacta diretamente na taxa de conversão e na experiência do seu cliente.

Onde essa decisão mexe com a operação?

Decidir por um gateway próprio ou terceirizado não é algo discreto. Afeta praticamente tudo:

  • Custos (curto e longo prazo)
  • Prazos de integração e time-to-market
  • Aderência regulatória e segurança
  • Controle sobre as vendas e dados do cliente
  • Capacidade de adaptação tecnológica
  • Abertura para personalização e inovação

Imagine um e-commerce apostando em vender tickets para grandes eventos: agilidade e disponibilidade dos meios são essenciais. Negócios assim buscam controle total do fluxo, mas, talvez, não queiram reinventar a roda criando um gateway do zero.

A escolha não é só técnica. É estratégica.

Gateway próprio: autonomia máxima, mas com riscos

Ter um gateway próprio é sonhado por muitos CTOs e founders. De verdade, autonomia total. A fintech passa a gerenciar diretamente todas as etapas técnicas, podendo personalizar desde os fluxos de autorização até a reconciliação financeira.

Quando faz sentido apostar?

  • Startups com grande volume de transações e margens apertadas
  • Empresas já com know-how técnico em meios de pagamento
  • Negócios que buscam diferenciação via jornadas personalizadas
  • Plataformas que precisam de recursos exóticos ou integrações complexas

Há, claro, pontos desafiadores. O investimento inicial é significativo: equipe de tecnologia, infraestrutura, certificações, homologações com bandeiras e bancos. Sem contar o trabalho com compliance, LGPD e PCI DSS.

Nem todo mundo precisa (ou deveria querer) reinventar esse processo.

Vantagens práticas

  • Controle total dos dados e jornadas de pagamento
  • Possibilidade de integração profunda ao core do negócio
  • Menos custos recorrentes no longo prazo
  • Agilidade para inovar e lançar novos meios

Desafios reais do gateway próprio

  • Dependência de times de tecnologia altamente qualificados
  • Necessidade constante de atualização e manutenção
  • Tempo longo até maturidade e estabilidade
  • Custos ocultos: fraudes, chargebacks, auditoria, testes

Conversando com algumas fintechs que acompanhamos no Paytime, fica claro: mesmo para negócios em crescimento, manter performance e segurança de um gateway é um desafio diário. E pode desviar energia do core principal da empresa.

Infraestrutura de tecnologia para gateway de pagamento Gateway terceirizado: rapidez, menos dor de cabeça

Do outro lado, o gateway terceirizado oferece praticidade. Em resumo: o parceiro já garante PCI, criptografia, conformidade regulatória, integração com adquirentes e subadquirentes e suporte técnico.

Situações onde ganha força

  • Startups ou fintechs de pequeno e médio porte
  • Empresas com foco prioritário em produto, não em infra
  • Lançamentos que precisam chegar ao mercado rápido
  • Projetos sem time de tecnologia interno robusto

A principal vantagem costuma ser o famoso “plug-and-play”, integrar e sair vendendo, sem meses de desenvolvimento. Mas, claro, isso vem com limitações.

Rapidez é aliada poderosa, mas o controle diminui.

Benefícios para o negócio

  • Redução de custos iniciais
  • Menor preocupação com manutenção técnica
  • Garantia de conformidade e atualizações automáticas
  • Foco do time no serviço principal, não em infraestrutura

Limites do modelo terceirizado

  • Menos personalização dos fluxos de pagamento
  • Dependência de terceiros para criar novas integrações
  • Custos recorrentes por transação e mensalidades
  • Menor visibilidade sobre detalhes do processamento

No dia a dia da operação, fintechs que optam pelo terceirizado relatam facilidade na escalabilidade, mas, às vezes, uma certa frustração com limites impostos pela plataforma.

Cliente usando tecnologia de pagamento em loja Comparando na prática: perguntas para decidir

No Paytime, gostamos de jogar a luz sobre perguntas reais que ajudam qualquer fintech a escolher entre gateway próprio e terceirizado:

  • Qual o meu volume de transações esperado nos próximos 2 anos?
  • Quanta personalização preciso oferecer ao meu cliente?
  • Tenho ou pretendo formar um time técnico qualificado para manter o gateway?
  • Quero inovar em meios de pagamento (split, recorrência, Pix, etc) e com qual velocidade?
  • Quanto tempo tenho até o go-to-market?
  • Meu diferencial depende mesmo do controle total da jornada de pagamentos?

A resposta para essas perguntas pode mudar radicalmente de empresa para empresa. Não existe fórmula absoluta. Até porque

A melhor solução para hoje pode não ser a de amanhã.

Enxergando além do custo: visão de negócio

Muitas fintechs olham apenas para a matemática inicial. Às vezes, até subestimam o que vem pela frente. Abrir mão do controle pode parecer ruim, mas ganhar agilidade e acesso a novas tecnologias rapidamente pode ser o diferencial num mercado tão rápido como o brasileiro.

No Paytime Mercado de Pagamentos, vemos exemplos dos dois lados: empresas que migraram para gateway próprio depois de amadurecerem sua operação, e outras que nunca sentiram a necessidade. O segredo? Monitorar constantemente, revisar os indicadores de conversão, rejeição e custos. Não se acomodar.

Conclusão: decisão consciente é a chave

Não é exagero dizer: a escolha entre gateway próprio ou terceirizado pode moldar sua fintech nos próximos anos. Equilibrar custo, controle, risco e velocidade exige autoconhecimento, do negócio e dos objetivos.

De um lado, investir em gateway próprio significa aposta alta em tecnologia, liberdade e diferenciação. Do outro, terceirizar reduz preocupações e acelera resultados, mas cobra seu preço em dependência e limitações de customização. Cada trajetória será única, e você pode até mudar de estratégia ao longo da jornada.

Pense na evolução, nunca no ponto final.

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Perguntas frequentes sobre gateway próprio e terceirizado

O que é um gateway próprio?

Gateway próprio é uma solução de processamento de pagamentos desenvolvida e mantida internamente pela própria fintech ou empresa. Isso significa que todos os fluxos de autorização, transmissão de dados, segurança e integrações ficam sob controle técnico e operacional do negócio. A equipe responsável personaliza, monitora e evolui a plataforma conforme os próprios objetivos, sem depender diretamente de parceiros externos para ajustes e melhorias.

Como funciona um gateway terceirizado?

Um gateway terceirizado é fornecido por uma empresa especializada, que disponibiliza toda a infraestrutura, certificações e integrações com diferentes meios de pagamento de forma pronta para uso. A fintech ou negócio contrata esse serviço, faz a integração via API ou plugin, e passa a processar pagamentos utilizando recursos técnicos, suporte e segurança sob responsabilidade do fornecedor. O foco é simplificar a operação, garantindo atualizações constantes e rápida entrada no mercado.

Vale a pena investir em gateway próprio?

Depende do perfil, porte e maturidade do negócio. Para fintechs com alto volume de transações, equipe técnica robusta e necessidade de personalização extrema, o gateway próprio pode trazer vantagens financeiras e competitivas a médio e longo prazo. Porém, é um caminho exigente, com custos altos de implantação, manutenção e atualização. Para negócios que não possuem tais recursos ou precisam de agilidade, pode não ser a melhor escolha no início.

Quais as vantagens do gateway terceirizado?

Entre as principais: implantação rápida, baixo custo inicial, atualizações automáticas com foco em segurança, menor risco regulatório e suporte técnico dedicado. O gateway terceirizado permite que a fintech ou empresa foque mais em seu produto principal, delegando a responsabilidade de conformidade, disponibilidade e performance a parceiros experientes. É escolha frequente para quem busca praticidade e acesso rápido a novas funcionalidades sem grandes investimentos em infraestrutura.

Quanto custa um gateway de pagamento?

O custo do gateway varia conforme o modelo escolhido. O gateway terceirizado normalmente cobra mensalidade e/ou taxa por transação processada. Já o gateway próprio demanda investimento inicial alto (desenvolvimento, servidores, certificações) e custos contínuos de manutenção da equipe e da infraestrutura. No longo prazo, o gateway próprio pode ser mais vantajoso financeiramente para grandes volumes, mas exige capital e planejamento. Cada cenário demanda análise diferenciada para evitar surpresas no orçamento.

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