“Embedded finance” não é um jargão distante ou tendência de ficção científica. Ele já faz parte do cotidiano de muitas empresas e começa a transformar o jeito como produtos e serviços financeiros são acessados no Brasil. Talvez você já tenha ouvido falar disso aqui na Paytime, onde simplificamos esse universo e mostramos oportunidades reais. Mas vamos além do básico: o que, afinal, é embedded finance e como colocar isso em prática no seu negócio já em 2025?
O que é embedded finance mesmo?
Muitos se perguntam: embedded finance é só um novo nome para fintech? Na verdade, não. Essa abordagem significa integrar produtos e serviços financeiros diretamente em plataformas não financeiras, como aplicativos de delivery, marketplaces, ERPs ou qualquer sistema que tenha impacto na rotina de clientes. O objetivo é simples, quase óbvio: oferecer a experiência financeira no momento certo, sem fricção e sem que a pessoa precise “sair” do ambiente digital que já usa.
Um exemplo prático: imagine pedir comida em um app e ali mesmo poder parcelar, antecipar recebíveis ou contratar um seguro para entrega. Tudo sem ser direcionado para outro site ou burocracia de bancos tradicionais. Aquilo que, anos atrás, exigia fila e papelada agora acontece em poucos cliques.
Por que falar disso em 2025?
Se em 2024 o ritmo de evolução já é intenso, a previsão para 2025 é de transformação ainda maior. Soluções de split de pagamentos, antecipação de recebíveis, Tap on Phone, Banking as a Service (BaaS), pagamentos instantâneos, e integrações via API estarão cada vez mais em plataformas diversas. É como colocar gasolina aditivada num carro que já anda bem, só que agora melhor adaptado ao trânsito da próxima década.
No Paytime, a gente enxerga embedded finance como chave para ampliar receitas, reduzir custos e entregar experiências mais inteligentes para o cliente. Só que, para além dos benefícios, é necessário entender também os desafios – principalmente no contexto econômico brasileiro, onde existe uma vasta economia informal e persistente déficit de alfabetização financeira.
Contexto brasileiro: obstáculos e oportunidades
A economia não observada, formada basicamente por atividades informais, impacta fortemente a adoção de soluções financeiras digitais no Brasil, como indica estudo na Revista de Economia Contemporânea. Muitas transações ainda ocorrem fora do sistema financeiro formal, o que representa uma barreira, mas também abre espaço para inovação – embedded finance pode ser a ponte que faltava para formalizar e digitalizar esses fluxos.
Há outro ponto delicado, apresentado por pesquisa da Revista de Administração de Empresas: o brasileiro médio tem baixa escolaridade financeira e busca soluções informais de crédito. Embutir ofertas de crédito e educação financeira em plataformas já utilizadas no dia a dia pode ser uma saída potente para modificar esse cenário.
Ensaios sobre inclusão financeira disponíveis no repositório da FGV mostram avanços, mas destacam a necessidade de democratizar ainda mais o acesso. Embedded finance contribui para ampliar o uso de contas digitais, meios de pagamento ágeis e até microcrédito em microempresas. E tem outro dado interessante, vindo das Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo do IBGE, útil para empresas do setor público e grandes organizações que já começam a se inserir nesse ecossistema.
Embedded finance não é só tendência, é resposta a uma demanda real.
Como implementar embedded finance na prática?
Chega de teoria. O que faz diferença mesmo é como aplicar embedded finance de modo claro, incremental e ajustado ao perfil do seu negócio. Vamos descomplicar, passo a passo:
- Diagnóstico interno: Antes de tudo, entenda sua base de clientes: o que eles realmente querem na jornada de compra ou uso? Procure identificar pontos de contato para ofertas financeiras relevantes (parcelamento, crédito, seguros, pagamentos instantâneos, entre outros).
- Escolha dos parceiros tecnológicos: Não tente reinventar a roda. Soluções de BaaS, APIs de split e antecipação, ferramentas de pagamento digital, muitas vezes podem ser integradas ao seu sistema com baixo impacto na operação.
- Ajuste regulatório: Fique de olho no que o Banco Central exige, e não negligencie a parte legal. Apesar da digitalização, questões de LGPD, compliance e prevenção à lavagem de dinheiro continuam sendo fundamentais.
- Educação do cliente e transparência: Explique as opções disponíveis, simule cenários, seja claro em taxas e prazos. Pegadinhas prejudicam a reputação e diminuem o uso de novas soluções.
- Monitoramento e melhoria contínua: Ferramentas analytics (nem sempre caras ou complicadas) ajudam a acompanhar a aceitação, ajustar ofertas e ampliar benefícios, inclusive para públicos fora do padrão bancarizado tradicional.
Boa integração de embedded finance nem é notada, mas faz toda a diferença.
Exemplos concretos e aplicações futuras
No varejo, embedded finance permite ao lojista oferecer antecipação de recebíveis já no checkout. Quem opera marketplaces pode simplificar a divisão de pagamentos (split) entre os vendedores. Plataformas de mobilidade ou delivery têm liberdade de integrar microseguros e opções de crédito para entregadores e clientes, melhorando não só a experiência, mas também a fidelidade ao serviço.
Existe ainda potencial no setor público, apontado por publicações do Observatório do Sistema Financeiro da UFRJ, que detalham transformações nas relações entre finanças, governo e cidadão digital. Imaginar tarifas, tributos e benefícios sociais sendo administrados em sistemas embedded não parece tão distante em 2025.
Na Paytime, observamos que cadeias inteiras podem se beneficiar: desde pequenos comerciantes de bairro até grandes plataformas, passando por prestadores de serviço e startups. Todos, no fundo, buscam a mesma coisa: facilitar a vida do cliente e aumentar sua receita sem complexidade desnecessária.
O papel da cultura digital e da informação
Adotar embedded finance requer, também, um esforço na direção da educação digital e financeira. Como reforçam estudos recentes, barreiras culturais e de acesso podem ser reduzidas quando as soluções aparecem no contexto em que o cliente já está confortável. Mais que vender um serviço financeiro, é preciso criar confiança e senso de pertencimento.
As mudanças não virão apenas da tecnologia; elas passam por comunicação clara, conteúdo educativo e parcerias certas. O segredo está em usar embedded finance como acelerador da inclusão, sem abrir mão do cuidado individual. Algumas coisas podem soar repetitivas, é verdade, mas talvez seja porque realmente fazem falta na prática.
Integração é diferente de imposição.
Conclusão: comece hoje a transformar sua experiência
Embedded finance não é algo para daqui a dez anos. Ele está disponível hoje e só tende a ganhar espaço em 2025, mudando a relação entre empresas, clientes e dinheiro. Quando pensado para o perfil do seu público, ajustado às demandas da economia nacional e bem comunicado, pode ser uma alavanca para receita e uma mão na roda para a experiência do usuário.
Agora talvez seja sua vez de sair na frente. Quer entender quais soluções embedded combinam com sua operadora, subadquirente, fintech ou credenciadora? Procure a Paytime e descubra casos reais, dicas práticas e estratégias prontas para quem não quer ficar parado. Faça parte dessa transformação!
Perguntas frequentes sobre embedded finance
O que é embedded finance?
Embedded finance é a integração de produtos e serviços financeiros (como pagamentos, crédito, seguros ou investimentos) diretamente em plataformas de empresas que não são bancos, como aplicativos de delivery, marketplaces ou sistemas de gestão. Isso permite que o usuário finalize transações e acesse recursos financeiros no mesmo ambiente, sem precisar recorrer a uma instituição financeira separada.
Como aplicar embedded finance no meu negócio?
O primeiro passo é entender a jornada do seu cliente e identificar onde a oferta de serviço financeiro faz sentido. Depois, busque parcerias com soluções tecnológicas ou bancos que permitam a integração via API, BaaS, ou plataformas de pagamento digital. É preciso garantir conformidade com as normas do Banco Central e investir em comunicação clara para explicar as novidades ao público.
Quais os benefícios do embedded finance?
Embedded finance pode aumentar as receitas da empresa, melhorar a retenção de clientes, facilitar processos (como pagamentos, crédito e seguros), além de permitir acesso rápido a serviços financeiros antes restritos a bancos. Para clientes, a experiência torna-se mais fluida e personalizada, já que tudo acontece num só lugar.
Embedded finance é seguro para pequenas empresas?
Sim, desde que implementado respeitando as normas de segurança digital, privacidade (como LGPD) e compliance. Utilizar parceiros confiáveis e entender as exigências do setor é fundamental. Para o pequeno empresário, embedded finance pode ser uma forma de oferecer novos serviços sem grande complexidade operacional ou altos custos iniciais.
Quanto custa implementar embedded finance?
O custo varia conforme o tipo de integração escolhida. Usar APIs prontas de bancos ou fintechs pode ser mais acessível, com alguns modelos de cobrança por transação ou assinatura mensal. Projetos mais personalizados podem exigir investimentos maiores em desenvolvimento e ajustes regulatórios. O segredo é começar escalando aos poucos, testando onde a integração gera mais valor.